No labirinto urbano da cidade de Manaus, onde o asfalto deveria ser um tapete para o progresso, encontramos, em vez disso, um terreno minado de buracos que transformam ruas em verdadeiras armadilhas mortais. Não estamos falando apenas de um incômodo para os motoristas; é também uma falha grotesca na gestão pública que tem custado muitas vidas. Lembrando que no seu primeiro mandato, o prefeito prometeu resolver o problema de 10 mil ruas e não chegou ainda a 4 mil ruas, sendo que dessas pelo menos metade já estão com o asfalto trincado e os buracos voltaram a florescer.
A Invisibilidade da Tragédia – Os buracos nas ruas de Manaus não são meros buracos. São abismos da indiferença. São a prova cabal de uma administração que falha em seu dever mais básico: garantir a segurança e a infraestrutura mínima para seus cidadãos. Quantas motoqueiros já derraparam e caíram de suas motos? Quantos carros tiveram seus pneus rasgados ou suspensões danificadas? Quantos ciclistas caíram em decorrência dessas crateras nas ruas? Quantas vítimas vão carregar mazelas dos acidentes com os buracos pelo resto da vida? A contabilidade de acidentes, feridos e, lamentavelmente, mortos, é um testemunho silencioso da inação.
A tragédia é ainda mais acentuada pela invisibilidade que a cerca. Não há manchetes diárias, posts suficientes para mostrar cada acidente de carro ou de motocicleta na cidade causada por um buraco. A dor e o prejuízo ficam confinados ao âmbito pessoal das vítimas, enquanto o problema persiste, crônico e negligenciado pelas autoridades competentes.
A Política do Descaso – É inaceitável que, em pleno século XXI, uma cidade como Manaus conviva com tamanha precariedade viária. Onde estão os investimentos em infraestrutura? Para onde vão os impostos pagos pelos cidadãos, que deveriam garantir ruas pavimentadas e seguras? Onde estão os empréstimos bilionários já realizados pelo atual prefeito, com o aval de seus aliados do CERCADINHO na CMM. A resposta parece estar no reino da política do descaso, onde a manutenção da cidade é relegada a um plano secundário, ofuscada por projetos de maior visibilidade eleitoral, mas de menor impacto real na vida do povo.
A realidade é que os buracos nas ruas são um reflexo da prioridade distorcida. A pavimentação é vista como um custo, não como um investimento essencial na saúde pública, na economia e na qualidade de vida. Enquanto isso, ambulâncias correm contra o tempo para socorrer vítimas de acidentes que poderiam ter sido evitados com uma simples operação tapa-buracos realizada com zelo e responsabilidade com as boas práticas. O sucateamento de veículos, o tempo perdido no trânsito e o risco iminente de acidentes fatais são custos invisíveis que pesam sobre a população.
O despertar da sociedade – Não podemos permanecer na inércia, omissos e conformados com essa realidade. Precisamos reagir e exercer a nossa cidadania com afinco. Não dá mais para esperar por nossos supostos representantes e fiscais do povo. A maioria se rendeu aos caprichos do prefeito e optaram por uma relação promíscua de troca de favores. É imperativo que a sociedade manauara se levante e exija das autoridades respostas claras e soluções concretas. Não basta mais os paliativos, os remendos superficiais que se desfazem na primeira chuva. Precisamos de um plano de longo prazo, de investimentos sérios em pavimentação, drenagem e sinalização.
Os buracos nas ruas não são apenas uma questão de engenharia; são uma questão de ética e responsabilidade social. No atual contexto, são a prova de que a vida do cidadão é desvalorizada. É hora de cobrar dos nossos políticos e governantes a atenção e o respeito que merecemos, transformando a indignação em ação para que as ruas de Manaus deixem de ser armadilhas e voltem a ser caminhos para o futuro. Se você concorda, vamos em frente, compartilhe.
