Essa esquina de rua transformada em local de descarte clandestino de lixo não fica numa área residencial, onde é normal vermos essa cena. A imagem deste post é da esquina da Rua Içá com a Rua Açaí no Distrito Industrial de Manaus. Lembrando que é aquele distrito que a administração passada da Prefeitura prometeu transformar em cartão postal da cidade, sem dizer como nem quando.
Alguém se desloca até esse local, normalmente de carro, aproveita quando ninguém está por perto observando e simplesmente descarrega o seu lixo na maior cara-de-pau. Alguns na verdade são suficientemente ousados, capazes de descarregar o lixo mesmo diante do olhar perplexo ou reprovador de terceiros. Daí a pergunta: – isso é falta de educação ou abuso?
Com certeza absoluta não é falta de educação. É simplesmente abuso e confiança absoluta na impunidade. A cidade está cheia dessas lixeiras e, se pesquisarmos, não vamos encontrar ninguém que esteja preso ou que tenha pago alguma multa ou pena alternativa por conta desse tipo de abuso. As autoridades e a própria comunidade agem de forma benevolente e omissa diante desses casos.
Sujar a cidade e depredar o patrimônio público precisa ser olhado e tratado com TOLERÂNCIA ZERO. A educação ambiental, pensando no futuro, deve ser voltada para as crianças. Isso é inquestionável, inclusive para a sobrevivência do planeta. Agora, no caso dos adultos, dos marmanjos e dos pais, a educação é tolerância zero, multas e penas exemplares. O brasileiro só para e pensa quando mexem no seu bolso ou quando é condenado a uma pena que ele não vai querer viver outra vez.
Imagine o sujeito condenado por 6 meses a dedicar 4 horas do seu dia ou da noite para ajudar um gari a varrer e colher o lixo na cidade debaixo de sol ou de chuva. Imagine um abusado desse ser condenado a auxiliar um coletor de lixo em todo o trajeto do caminhão de coleta. Imagine um abusado desse participando da limpeza de bueiros e de igarapés que ele é um dos responsáveis pela contaminação. Daí uma outra pergunta: – alguém já viu algum desses abusados pagando esse tipo de pena? Eu nunca vi.
Cadê os nossos deputados e vereadores que vivem propondo projetos de lei de todos as naturezas, muitas delas esdrúxulas ou hilárias. Qual a dificuldade de propor uma lei que endureça o tratamento e as penalidades contra esses abusados que só vão se corrigir na base da peia, ou seja, de penas rígidas e exemplares.