Diante dos acontecimentos que movimentaram e agitaram essa retorno do Festival de Parintins depois de 2 anos devido a pandemia, fica aquela pergunta no ar e que não quer calar:
– Como ficaram as finanças dos Bois depois desse festival que marcou o reencontro com as suas apaixonadas torcidas e admiradores mundo afora?
– Como ficaram aqueles incansáveis anônimos que se dedicaram e se desdobraram trabalhando para a festa acontecer – será que foram para casa felizes e justamente remunerados, ou será que, a exemplo de outros anos, levaram cano outra vez?
– E a verba repassada pelo governo do Estado do Amazonas, como terá sido gasta? Se houve esse repasse, será que haverá prestação de contas antes do próximo repasse? É importante lembrar que o ano que vem, 2023, não será um ano eleitoral. Isso diminui o interesse e a gana das autoridades e dos políticos oportunistas pelo evento. Mas, independente disso, o festival é sempre um palco frenético, com muitos holofotes para aqueles que precisam aparecer para não desaparecer politicamente.
Outro pergunta importante e que não quer calar é:
– Qual foi o legado que esse Festival 2022 deixou de fato e de real para Parintins e para o seu povo, além da maquilagem feita na cidade para receber os visitantes, mas que já começou a desbotar e a desaparecer?
– O que será que existe de fato e de concreto, em termos de planejamento, projetos, obras e serviços, para deixar a cidade de Parintins do jeito que o seu povo merece para receber os visitantes no festival do próximo ano? Chega de maquilagem – será que é pedir muito?
Pelo tempo que esse festival existe e o montante de verba pública e privada nele investido ao longo desse tempo, a cidade de Parintins já era para ser uma cidade modelo no interior do Amazonas. Esse ano o Festival aconteceu com parte da cidade e do seu povo com as casas inundadas. O que tem sido feito para resolver ou minimizar essa situação? O porto foi interditado em pleno festival e a Internet continua, segundo os próprios visitantes, desculpem a palavra – uma merda! A infraestrutura da cidade carece de coisas relevantes, principalmente em termos de saneamento básico, mas carece também de coisas básicas, elementares, e que só dependem de vergonha e disposição política para realizar e tornar uma realidade. Como dito – chega de maquilagem, cinismo e oportunismo. politico.
O povo que enche a cidade de Parintins para brincar de boi por uma semana, precisa olhar também com mais carinho e amor para a cidade que abriga esse mais belo evento da Amazônia. As mesmas criticas e demonstrações de indignação que se vê pela má gestão ou maus resultados dos Bois, deveria acontecer pela falta de planejamento, ações, projetos, obras e serviços para tornar Parintins uma cidade modelo como o seu povo guerreiro, alegre e acolhedor merece.
Iniciamos a contagem regressiva para o Boi-Bumbá de 2023. Vamos ver o que as nossas autoridades, políticos e governantes irão propor e executar de concreto na cidade de Parintins até o próximo festival. Está na hora de deixar a omissão de lado e cobrar para valer. Parintins merece!